É evidente que, ao longo dos últimos anos, o mercado livre de energia vem crescendo, se desenvolvendo e buscando a sua modernização que gerará cada vez mais oportunidades e melhores condições aos consumidores e agentes em geral.
A seguir, apresenta-se a evolução do Ambiente de Contratação Livre - ACL ao longo da última década e o seu potencial de expansão.
1 - Agentes de consumo no ACL:
Em junho de 2021 o mercado livre superou a marca de 9.000 agentes de consumo, o que corresponde a um crescimento de 5 vezes a quantidade verificada em 2015.
A Figura 1 apresenta a evolução da quantidade de consumidores aderidos (livres e especiais) na CCEE de janeiro de 2012 até junho de 2021:
Figura 1: Histórico da quantidade de agentes de consumo na CCEE até junho de 2021Fonte: CCEE
Na Figura 2, tem-se as adesões ao longo dos anos de consumidores livres e especiais:
Figura 2: Média de adesões de agentes de consumo por modalidade de consumidorFonte: CCEE
Aprofundando um pouco mais, temos o perfil, em termos de porte, das atuais migrações de consumidores. No gráfico da esquerda, da Figura 3, no mês de julho de 2021, das 128 adesões de agentes de consumo, 111 tinham carga de até 1 MW e representaram 87% do total, apontando que os consumidores de menor porte correspondem à maior parte das migrações atuais. No gráfico da direita, observa-se uma parcela de 86% dos consumidores migrados em julho de 2021 optaram por serem representados na CCEE por terceiros:
Figura 3: Novas adesões de consumidores: estratificação por nível de carga e tipo de representação na CCEE das cargas menores de 1 MWFonte: CCEE
2 - Unidades consumidoras no ACL:
Vale esclarecer que a quantidade de agentes de consumo na CCEE não é igual à quantidade de unidades de consumo, visto que cada agente pode ter modelado sob seu perfil diversas unidades consumidoras, assim como cada unidade consumidora pode ter um ou mais pontos de medição. A Figura 4 ilustra as quantidades de agentes de consumo, de unidades consumidoras e de pontos de medição, tendo como referência o mês de julho de 2021:
Figura 4: Quantidade de agentes, de unidades de consumo e de pontos de mediçãoFonte: CCEE
Já nas Figuras 5 e 6 é feito um paralelo entre a quantidade de unidades consumidoras especiais e livres, respectivamente, e seus consumos totais de energia elétrica:
Figura 5: Quantidade de unidades consumidoras especiais e o respectivo consumo totalFonte: CCEE
Figura 6: Quantidade de unidades consumidoras livres e respectivo consumo total
Fonte: CCEE
3 – Relação entre ACR e ACL:
Quando comparamos a participação do ACL no consumo de energia do Sistema Interligado Nacional – SIN em 2010 e 2020 percebemos um aumento percentual de 6%, saindo de 26% para 32%. Isso demonstra a atratividade do mercado livre e dos aprimoramentos que vem ocorrendo neste ambiente de contratação.
A Figura 7 apresenta a evolução desta participação ano a ano, entre 2010 e 2020:
Figura 7: Evolução do ACL de 2010 a 2020Fonte: CCEE
4 – Mercado atacadista de energia:
As Figuras 8 e 9 mostram a dimensão do mercado atacadista de energia apresentando a quantidade de agentes comercializadores e geradores e os volumes contratuais registrados na CCEE, anualmente, pelas categorias de geração e comercialização:
Figura 8: Quantidade de agentes comercializadores e geradores
Fonte: CCEE
Figura 9: Volumes contratuais (MW médios) registrados na CCEE por agentes comercializadores e geradores
Fonte: CCEE
5 – Mercado varejista de energia:
Desde a regulamentação dessa modalidade, em 2013, a quantidade de comercializadores varejistas vem crescendo no Brasil, totalizando 35 em julho de 2021, como se observa na Figura 10:
Figura 10: Comercializadores Varejistas Habilitados | Fonte: CCEE
A quantidade de agentes representados pelas comercializadoras varejistas ainda é um número baixo, conforme mostrado na Figura 11, considerando que essa modalidade foi regulamentada a 8 anos:
Figura 11: Comercializadores Varejistas HabilitadosFonte: CCEE
Portanto, percebe-se que o mercado livre está em franco crescimento na última década e que deve ganhar um novo fôlego nos próximos anos quando for concretizada a liberalização total do mercado.
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